
Categoria: Artigos
Data: 14/11/2022
BATISMO INFANTIL – CONSIDERAÇÕES
Abaixo algumas considerações sobre o Batismo Infantil. Nosso desejo é que o Senhor abençoe grandemente o estudo sobre o assunto em destaque e traga clareza ao povo de Deus. Uma boa leitura a todos em nome de Jesus Cristo.
Este material não tem a pretensão de examinar todos os pontos e contrapontos sobre o assunto, veremos apenas algumas passagens bíblicas, textos dos Símbolos de Fé da IPB, Manual Presbiteriano (Princípios de Liturgia), Manual Litúrgico da IPB. Também é bom considerar que:
1. O batismo não salva;
2. Mas também o batismo não é simples passatempo. Então, o que é o batismo? De forma simplificada podemos dizer que é um sinal externo daquilo que aconteceu internamente. No caso das crianças é o sinal da aliança dos pais com Deus se comprometendo a criar seu filho nos caminhos do Senhor.
O SINAL EXTERNO
Tanto o Antigo como o Novo Testamento (NT) nos lembra que a circuncisão da carne deveria ser um sinal externo da verdadeira circuncisão no coração. Ou seja, a verdadeira circuncisão era algo espiritual: “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” (Dt 10.16, NAA); Em Romanos 2.28-29 lemos a mesma coisa: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, pelo Espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede de seres humanos, mas de Deus.” Percebam, portanto, que a circuncisão era, consequentemente, antes de tudo espiritual.
Ademais, não devemos nunca nos esquecer que a circuncisão não foi apenas para os tempos da fé de Abraão, mas é um sinal da fé pessoal dos pais. Isso, evidentemente, equivale ao batismo no NT; e consequentemente, a circuncisão no AT ao batismo do NT. Um bom argumento para isso se encontra em Colossenses 2.11-12 “Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual vocês também foram ressuscitados por meio da fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.” É assim que a Bíblia declara que a circuncisão no AT era o que o batismo é no NT.
SINAL APLICADO AOS INFANTES
Primeiro a circuncisão espiritual. Aplicando este sinal aos infantes do sexo masculino no AT, lemos em Deuteronômio 30.6 que a circuncisão da criança era primeiramente espiritual tanto quanto a circuncisão do adulto: “O Senhor, seu Deus, circuncidará o coração de vocês e o coração dos seus descendentes, para que vocês amem o Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma, para que vocês tenham vida.”
No AT havia duas grandes ordenanças: A pascoa e a circuncisão. “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da sinceridade e da verdade.” (1Cor 5.7–8), o apóstolo Paulo enfatiza que Cristo comparou a Ceia do Senhor na mesma medida que a Páscoa, esclarecendo que a Ceia tomou o lugar da Páscoa.
Por isso, textos como os de Colossenses 2.11-12 e outros mostram evidentemente que o batismo tomou o lugar da circuncisão. Sendo assim, todas essas coisas colaboram para que os crentes no AT aplicassem aos filhos o sinal da aliança. Logo, caros leitores, o sinal da sua fé, o batismo, deve do mesmo modo ser aplicado aos seus filhos. Será que vocês deveriam esperar menos desta forma de sacramento do que aquela do AT? De modo algum!
A PRÁTICA NO NOVO TESTAMENTO
Após a pregação do Evangelho em atos 2, o povo ficou quebrantado, então, perguntaram: O que devemos fazer? Pedro respondeu: “— Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo. Porque a promessa é para vocês e para os seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.38–39). Lembrem-se, Pedro disse isso aos judeus, os judeus que costumavam ter o sinal externo da sua fé aplicado aos seus filhos.
Dos sete exemplos de batismo de água mencionados no NT, três eram de famílias (At 16.15; 16.33; 1Cor 1.16). Talvez, ouvindo isso, alguém diga: “Esses textos não dizem que crianças estavam envolvidos”. E você tem razão, caro leitor. Porém, em condições normais as famílias têm filhos, mas será que só naquelas casas não tinham crianças? Outro detalhe importante, é a expressão “casa”, que em certas circunstâncias se estendia além do casal e filhos (netos, bisnetos, servos) é pouco provável que não houvesse crianças ali. Um terceiro argumento, é a própria Escritura, se as famílias não tivessem filhos, isso teria sido informado. Por isso, Deus trata com famílias no Antigo e Novo Testamento. A promessa feita ao carcereiro em Atos 16.31 mostrar adequadamente isso: “Eles responderam: — Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e toda a sua casa.”
Nunca nos esqueçamos, o uso por Deus dos símbolos é encontrado em todas as épocas. Deus deu a Noé o arco da aliança (arco-íris), deu a circuncisão e a Páscoa aos judeus do AT. Deu a igreja visível os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor. A mudança da circuncisão para o batismo é equivalente àquela da mudança da Páscoa para a Ceia.
Fundamentados nas Escrituras Sagradas, a notável e histórica “Assembleia de Teólogos e Sábios Eruditos” convocada em 12 de junho de 1643, pelo Parlamento da Inglaterra, estabeleceu a doutrina, o governo e a liturgia da igreja. A Igreja Presbiteriana do Brasil, aceita e adota como símbolo de Fé: A Confissão de Fé de Westminster; o Catecismo Maior e o Breve Catecismo de Westminster. Os quais, fazemos menção aqui:
Catecismo Maior: Pergunta 165 – O que é Batismo?
Resposta: Batismo é um sacramento do Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para ser um sinal e selo de nos unir a si mesmo, da remissão de pecados pelo seu sangue e da regeneração pelo seu Espírito; da adoção e ressurreição para a vida eterna; e por ele os batizando são solenemente admitidos à Igreja visível e entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor (Mt 28.19; Gl 3.26 e 27; At 2.41; Rm 6.4).
Pergunta 166 – A quem deve ser administrado o Batismo?
Resposta: O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas (At 2.38-39; 1Cor 7.14; Lc 18.16; Cl 2.11-12).
Na Confissão de fé de Westminster – Capítulo XXVIII, § 4º, lemos: Não só os que professam a sua fé em Cristo e obediência a ele, (At 9.18) mas também os filhos de pais crentes (ainda que só um deles o seja) devem ser batizados. (Gn 17.7-9; Gl 3.9-14; Rm 4.11-12; At 2.38-39).
Outro documento importante é o Manual Presbiteriano. No Princípio de Liturgia; Capítulo V - Batismo de Crianças, lemos:
Art. 11 – Os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil devem apresentar seus filhos para o batismo, não havendo negligenciar essa ordenança.
§ 1º No ato do batismo os pais assumirão a responsabilidade de dar aos filhos a instrução que puderem e zelar pela sua boa formação espiritual, bem como fazê-los conhecer a Bíblia e a doutrina presbiteriana como está expressa nos Símbolos de Fé.
§ 2º A criança será apresentada por seus pais ou por um deles, no impedimento do outro, com a declaração formal de que desejam consagrá-la a Deus pelo batismo.
§ 3º Os menores poderão ser apresentados para o batismo por seus pais adotivos, tutores, ou outras pessoas crentes, responsáveis por sua criação.
§ 4º – Nenhuma outra pessoa poderá acompanhar os pais ou responsáveis no ato do batismo das crianças a título de padrinho ou mesmo de simples testemunha.
Algumas aplicações práticas à nossa vida:
Aproveitemos o privilégio que Deus nos dá no batismo infantil. O coração dos pais crentes, movidos e guiados pela habitação do Espírito Santo, têm o impulso natural de levar seus filhos a Deus.
Não encerraremos sem dizer o que Deus pretende conosco como pais cristãos. Se você for um cristão, seu filho é um filho da aliança e Deus pretende que tenhamos o sinal de compromisso da aliança. Como pai nascido de novo, é seu privilégio aplicá-lo.
No AT, Deus disciplinava quem não circuncidava os seus filhos. Para desgosto deles foi o caso de Moisés e Zípora (Êx 4.24). Para a nossa alegria, Deus não trata desta maneira o seu povo nesta época. Não somos consumidos quando colhemos espigas no dia do Senhor, mas, no entanto, guardamos o dia do Senhor porque amamos o nosso Salvador. Não somos mortos porque não batizamos nossos filhos, não obstante, devemos fazê-lo porque Deus quer que façamos.
O batismo de seu filho é parte do seu privilégio como cristão. Faça isso em ações de graças junto com as outras coisas boas que Deus lhe dá.
Concluímos que o batismo não é uma questão de superstição. Como pais, devemos entrar em aliança com Deus prometendo ser fiéis a ele diante da criança. É papel dos pais educar os filhos.
Além disso, é privilégio dos pais conduzir a criança a Cristo. Os pais cristãos não devem depender dos esforços evangelísticos da igreja em qualquer época para conduzir os filhos a Cristo.
Finalmente, a criança pequena deve aprender acerca de Jesus Cristo com seus pais. Desde a mais tenra infância, e em muitos casos, contudo, uma criança deve ser conduzida à uma aceitação pessoal do Senhor Jesus Cristo como seu Salvador por seus pais.
Perguntas que devem ser publicamente respondidas pelos pais antes do batismo do filho:
1. Vocês por si próprios reconhecem que são salvos pela fé em Cristo e não por causa de qualquer coisa que tenham feito, mas simplesmente pela obra consumada por Jesus na Cruz do Calvário?
2. Vocês compreendem que, esta não é uma ordenança salvífica e que esta criança precisará no futuro confessar com sua própria boca que Cristo Jesus é o seu Salvador?
3. Vocês entendem que este sacramento não serve como um amuleto, mas nele você se compromete com Deus no sentido de educar a criança no temor e a demonstração do Senhor, orar por ela e com ela, mantê-la na casa de Deus e com o povo de Deus, para ser fiel em sua vida familiar com Cristo, enquanto, vocês viverem juntos com ela, e fazerem o máximo que puderem para pessoalmente conduzi-la a um conhecimento salvífico de Cristo em uma idade mais adiantada?
4. Vocês estão comprometidos em dar a esta criança o ensinamento adequado sobre os caminhos do Senhor? E prometem ser fieis a está igreja e a liderança constituída enquanto ela for fiel a Palavra de Deus.
Abaixo algumas considerações sobre o Batismo Infantil. Nosso desejo é que o Senhor abençoe grandemente o estudo sobre o assunto em destaque e traga clareza ao povo de Deus. Uma boa leitura a todos em nome de Jesus Cristo.
Este material não tem a pretensão de examinar todos os pontos e contrapontos sobre o assunto, veremos apenas algumas passagens bíblicas, textos dos Símbolos de Fé da IPB, Manual Presbiteriano (Princípios de Liturgia), Manual Litúrgico da IPB. Também é bom considerar que:
1. O batismo não salva;
2. Mas também o batismo não é simples passatempo. Então, o que é o batismo? De forma simplificada podemos dizer que é um sinal externo daquilo que aconteceu internamente. No caso das crianças é o sinal da aliança dos pais com Deus se comprometendo a criar seu filho nos caminhos do Senhor.
O SINAL EXTERNO
Tanto o Antigo como o Novo Testamento (NT) nos lembra que a circuncisão da carne deveria ser um sinal externo da verdadeira circuncisão no coração. Ou seja, a verdadeira circuncisão era algo espiritual: “Portanto, circuncidem o coração de vocês e deixem de ser teimosos.” (Dt 10.16, NAA); Em Romanos 2.28-29 lemos a mesma coisa: “Porque não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, pelo Espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede de seres humanos, mas de Deus.” Percebam, portanto, que a circuncisão era, consequentemente, antes de tudo espiritual.
Ademais, não devemos nunca nos esquecer que a circuncisão não foi apenas para os tempos da fé de Abraão, mas é um sinal da fé pessoal dos pais. Isso, evidentemente, equivale ao batismo no NT; e consequentemente, a circuncisão no AT ao batismo do NT. Um bom argumento para isso se encontra em Colossenses 2.11-12 “Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas pela remoção do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual vocês também foram ressuscitados por meio da fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.” É assim que a Bíblia declara que a circuncisão no AT era o que o batismo é no NT.
SINAL APLICADO AOS INFANTES
Primeiro a circuncisão espiritual. Aplicando este sinal aos infantes do sexo masculino no AT, lemos em Deuteronômio 30.6 que a circuncisão da criança era primeiramente espiritual tanto quanto a circuncisão do adulto: “O Senhor, seu Deus, circuncidará o coração de vocês e o coração dos seus descendentes, para que vocês amem o Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma, para que vocês tenham vida.”
No AT havia duas grandes ordenanças: A pascoa e a circuncisão. “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do mal e da maldade, mas com o pão sem fermento, o pão da sinceridade e da verdade.” (1Cor 5.7–8), o apóstolo Paulo enfatiza que Cristo comparou a Ceia do Senhor na mesma medida que a Páscoa, esclarecendo que a Ceia tomou o lugar da Páscoa.
Por isso, textos como os de Colossenses 2.11-12 e outros mostram evidentemente que o batismo tomou o lugar da circuncisão. Sendo assim, todas essas coisas colaboram para que os crentes no AT aplicassem aos filhos o sinal da aliança. Logo, caros leitores, o sinal da sua fé, o batismo, deve do mesmo modo ser aplicado aos seus filhos. Será que vocês deveriam esperar menos desta forma de sacramento do que aquela do AT? De modo algum!
A PRÁTICA NO NOVO TESTAMENTO
Após a pregação do Evangelho em atos 2, o povo ficou quebrantado, então, perguntaram: O que devemos fazer? Pedro respondeu: “— Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo. Porque a promessa é para vocês e para os seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.38–39). Lembrem-se, Pedro disse isso aos judeus, os judeus que costumavam ter o sinal externo da sua fé aplicado aos seus filhos.
Dos sete exemplos de batismo de água mencionados no NT, três eram de famílias (At 16.15; 16.33; 1Cor 1.16). Talvez, ouvindo isso, alguém diga: “Esses textos não dizem que crianças estavam envolvidos”. E você tem razão, caro leitor. Porém, em condições normais as famílias têm filhos, mas será que só naquelas casas não tinham crianças? Outro detalhe importante, é a expressão “casa”, que em certas circunstâncias se estendia além do casal e filhos (netos, bisnetos, servos) é pouco provável que não houvesse crianças ali. Um terceiro argumento, é a própria Escritura, se as famílias não tivessem filhos, isso teria sido informado. Por isso, Deus trata com famílias no Antigo e Novo Testamento. A promessa feita ao carcereiro em Atos 16.31 mostrar adequadamente isso: “Eles responderam: — Creia no Senhor Jesus e você será salvo — você e toda a sua casa.”
Nunca nos esqueçamos, o uso por Deus dos símbolos é encontrado em todas as épocas. Deus deu a Noé o arco da aliança (arco-íris), deu a circuncisão e a Páscoa aos judeus do AT. Deu a igreja visível os sacramentos do Batismo e da Ceia do Senhor. A mudança da circuncisão para o batismo é equivalente àquela da mudança da Páscoa para a Ceia.
Fundamentados nas Escrituras Sagradas, a notável e histórica “Assembleia de Teólogos e Sábios Eruditos” convocada em 12 de junho de 1643, pelo Parlamento da Inglaterra, estabeleceu a doutrina, o governo e a liturgia da igreja. A Igreja Presbiteriana do Brasil, aceita e adota como símbolo de Fé: A Confissão de Fé de Westminster; o Catecismo Maior e o Breve Catecismo de Westminster. Os quais, fazemos menção aqui:
Catecismo Maior: Pergunta 165 – O que é Batismo?
Resposta: Batismo é um sacramento do Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para ser um sinal e selo de nos unir a si mesmo, da remissão de pecados pelo seu sangue e da regeneração pelo seu Espírito; da adoção e ressurreição para a vida eterna; e por ele os batizando são solenemente admitidos à Igreja visível e entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor (Mt 28.19; Gl 3.26 e 27; At 2.41; Rm 6.4).
Pergunta 166 – A quem deve ser administrado o Batismo?
Resposta: O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas (At 2.38-39; 1Cor 7.14; Lc 18.16; Cl 2.11-12).
Na Confissão de fé de Westminster – Capítulo XXVIII, § 4º, lemos: Não só os que professam a sua fé em Cristo e obediência a ele, (At 9.18) mas também os filhos de pais crentes (ainda que só um deles o seja) devem ser batizados. (Gn 17.7-9; Gl 3.9-14; Rm 4.11-12; At 2.38-39).
Outro documento importante é o Manual Presbiteriano. No Princípio de Liturgia; Capítulo V - Batismo de Crianças, lemos:
Art. 11 – Os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil devem apresentar seus filhos para o batismo, não havendo negligenciar essa ordenança.
§ 1º No ato do batismo os pais assumirão a responsabilidade de dar aos filhos a instrução que puderem e zelar pela sua boa formação espiritual, bem como fazê-los conhecer a Bíblia e a doutrina presbiteriana como está expressa nos Símbolos de Fé.
§ 2º A criança será apresentada por seus pais ou por um deles, no impedimento do outro, com a declaração formal de que desejam consagrá-la a Deus pelo batismo.
§ 3º Os menores poderão ser apresentados para o batismo por seus pais adotivos, tutores, ou outras pessoas crentes, responsáveis por sua criação.
§ 4º – Nenhuma outra pessoa poderá acompanhar os pais ou responsáveis no ato do batismo das crianças a título de padrinho ou mesmo de simples testemunha.
Algumas aplicações práticas à nossa vida:
Aproveitemos o privilégio que Deus nos dá no batismo infantil. O coração dos pais crentes, movidos e guiados pela habitação do Espírito Santo, têm o impulso natural de levar seus filhos a Deus.
Não encerraremos sem dizer o que Deus pretende conosco como pais cristãos. Se você for um cristão, seu filho é um filho da aliança e Deus pretende que tenhamos o sinal de compromisso da aliança. Como pai nascido de novo, é seu privilégio aplicá-lo.
No AT, Deus disciplinava quem não circuncidava os seus filhos. Para desgosto deles foi o caso de Moisés e Zípora (Êx 4.24). Para a nossa alegria, Deus não trata desta maneira o seu povo nesta época. Não somos consumidos quando colhemos espigas no dia do Senhor, mas, no entanto, guardamos o dia do Senhor porque amamos o nosso Salvador. Não somos mortos porque não batizamos nossos filhos, não obstante, devemos fazê-lo porque Deus quer que façamos.
O batismo de seu filho é parte do seu privilégio como cristão. Faça isso em ações de graças junto com as outras coisas boas que Deus lhe dá.
Concluímos que o batismo não é uma questão de superstição. Como pais, devemos entrar em aliança com Deus prometendo ser fiéis a ele diante da criança. É papel dos pais educar os filhos.
Além disso, é privilégio dos pais conduzir a criança a Cristo. Os pais cristãos não devem depender dos esforços evangelísticos da igreja em qualquer época para conduzir os filhos a Cristo.
Finalmente, a criança pequena deve aprender acerca de Jesus Cristo com seus pais. Desde a mais tenra infância, e em muitos casos, contudo, uma criança deve ser conduzida à uma aceitação pessoal do Senhor Jesus Cristo como seu Salvador por seus pais.
Perguntas que devem ser publicamente respondidas pelos pais antes do batismo do filho:
1. Vocês por si próprios reconhecem que são salvos pela fé em Cristo e não por causa de qualquer coisa que tenham feito, mas simplesmente pela obra consumada por Jesus na Cruz do Calvário?
2. Vocês compreendem que, esta não é uma ordenança salvífica e que esta criança precisará no futuro confessar com sua própria boca que Cristo Jesus é o seu Salvador?
3. Vocês entendem que este sacramento não serve como um amuleto, mas nele você se compromete com Deus no sentido de educar a criança no temor e a demonstração do Senhor, orar por ela e com ela, mantê-la na casa de Deus e com o povo de Deus, para ser fiel em sua vida familiar com Cristo, enquanto, vocês viverem juntos com ela, e fazerem o máximo que puderem para pessoalmente conduzi-la a um conhecimento salvífico de Cristo em uma idade mais adiantada?
4. Vocês estão comprometidos em dar a esta criança o ensinamento adequado sobre os caminhos do Senhor? E prometem ser fieis a está igreja e a liderança constituída enquanto ela for fiel a Palavra de Deus.